ABRIL AZUL: O AUTISMO E A FORÇA DA INTERNET

 A Internet e as redes sociais digitais são indiscutivelmente facilitadoras da vida moderna, principalmente quando se pensa em comunicação, conexões pessoais e amizades, quem nunca teve um web amigo, não é mesmo?

 E quando se pensa sob a perspectiva do autismo, será que para eles a Internet também é uma facilitadora das relações interpessoais? É o que responderemos a seguir!

 Entre os princípios do autismo está o fator da dificuldade de socialização, muito presente na adolescência e na fase adulta, uma vez que, enquanto criança os pais respondem pelo indivíduo, o que já não é mais possível na escola e faculdade, por exemplo, tanto para pessoas neurotípicas e atípicas.

 Com a Internet sendo praticamente onipresente nos dias de hoje, ela se torna um espaço de expressão e conforto para muitos, em especial para quem é introvertido, assim torna-se um universo moldável, onde cada um pode participar das comunidades que prefere e expor sua voz através dos seus interesses e habilidades.

  •   O autismo e a força da Internet

 “Como as redes sociais mudaram a sua vida”

Essa foi a pergunta de um artigo do site Autism Speaks e dentre as respostas está o impacto da Internet na realidade dos autistas.

 “As redes sociais me dão a oportunidade de falar com os meus amigos e ser social de uma forma que é mais fácil para mim”, disse Chloe R.

 Apesar de muitos autistas desejarem interagir socialmente, os ambientes sociais tradicionais geralmente não são ideais para eles. A vida offline pode ser confusa e opressora para quem é autista. Porém, nas redes sociais, a comunicação se torna mais acessível, permitindo que eles se concentrem em serem autênticos, sem a pressão dos estímulos sensoriais da interação presencial.

 “As redes sociais me abriram várias portas de emprego”, disse Brigid R.

 A integração no mercado de trabalho ainda é um desafio para muitas pessoas autistas. As redes sociais podem ser uma excelente plataforma para quem não tem tanta facilidade em fazer conexões profissionais, independentemente da área de atuação.

 “Nós usamos a nossa palavra, a nossa voz”, destacou Conner C.

 Essa é uma questão super relevante. Antigamente, o autismo nem era discutido na sociedade em geral. Mas agora, além de termos mais informações, podemos ouvir as experiências de quem realmente vive a realidade.

  •  Autismo e os cuidados na Internet

 Também vale ressaltar que a Internet pode ser um espaço tóxico e perigoso. Por isso, é importante atentar-se as dicas a seguir, seja você autista ou alguém que supervisiona uma pessoa atípica.

  •  Não compartilhar senhas, endereços e números de cartão de crédito;
  •  Não marcar reuniões ou encontros sem o consentimento de um adulto de confiança;
  •  Bloquear pessoas e comentários ofensivos;
  •  Ter pausas para pensar antes de responder comentários desconfortáveis ou confusos;
  •  Configurar a privacidade do perfil.

 Para quem supervisiona um autista, principalmente de grau severo ou adolescente, é essencial explicar sobre como identificar tentativas de golpes, sites que possam instalar vírus, agressões verbais (bullying), sarcasmo, mentiras e ironias, abordagens feitas por desconhecidos e o cuidado com a exposição íntima, seja de fotos com nudez, vulnerabilidades e questões familiares.

 E ainda, ensiná-los o lado bom das redes sociais: buscar e estimular eles a ouvir experiências de vida de outros autistas como representatividade, estipular o que deve ser perguntado antes dele fazer uma postagem e conversar sobre como eles lidam com as expectativas do que consomem na Internet, já que o mundo virtual pode gerar ansiedade e frustração de viver a “realidade” glamurosa e moldada das redes sociais, e a partir disso acompanhar se as interações virtuais são realmente saudáveis no momento.

 Por fim, sabemos que as redes sociais ainda não são o ideal, entretanto são um universo proveitoso onde autistas estão se encontrando, se posicionando e informando aos demais, logo a presença digital deles deve ser cada vez mais apoiada.

  ABRIL AZUL

 O Abril Azul foi estabelecido pela Organização das Nações Unidas, ONU, como uma forma de conscientizar as pessoas sobre o autismo, assim como dar visibilidade ao Transtorno do Espectro Autista (TEA). Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS, uma em cada 160 crianças no mundo tem TEA.

 O autismo pode ser identificado ainda nos primeiros anos de vida, embora o diagnóstico de um profissional seja dado apenas entre os 4 e 5 anos de idade. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, o TEA é um transtorno de desenvolvimento neurológico, caracterizado pela dificuldade de comunicação e/ou interação social.

 Algumas características como: dificuldade de interação social, dificuldade em se comunicar, hipersensibilidade sensorial, desenvolvimento motor atrasado e comportamentos repetitivos ou metódicos podem identificar a presença do TEA. O autismo funciona em níveis, ou seja, ele pode se manifestar de forma leve até uma forma mais severa. Esse diagnóstico detalhado será dado por um profissional da saúde.

 Fontes: OMS – Organização Mundial da Saúde e Sociedade Brasileira de Pediatria e Autismo em Dia

 Nós da Estrelas Internet apoiamos e reconhecemos a importância do Abril Azul e sua conscientização sobre o Autismo!

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